sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Rouxinol apresenta: O Ankh

Salve, caros amigos. O Rouxinol retorna ao Canto hoje trazendo algo muito interessante. No seu eterno garimpo por objetos brilhantes, a Ave que vos fala deu de bico esses dias com um símbolo ancestral, chamado Ankh. E pelo que saiba o Rouxinol, a história desse símbolo só não é maior do que as várias interpretações, que a humanidade empregou ao longo das Eras. É claro que vocês sabem do que estou falando:


O Ankh, também conhecido como Cruz egípcia, ou Cruz Ansata no Ocidente (Ansata vem do latim, e quer dizer Asa), é um símbolo recorrente em todas as gravuras e hieróglifos do Egito Antigo. É dito pelos especialistas que ele surgira na Quinta Dinastia, período de tempo que ocorrera de 2949 a 2345 A.C. E o principal significado atribuído ao Ankh se liga fundamentalmente aos conceitos de vida e morte, ou melhor, de Vida Eterna.

Vida após a morte, e ressurreição, eram conceitos amplamente difundidos na cultura egípcia, e freqüentemente retratados nas paredes de tumbas e pirâmides. Os Deuses sempre apareciam carregando um ou dois Ankh, deixando clara sua imortalidade, e repassando-os aos Faraós que ali estavam sepultados. Como se o Ankh fosse como uma chave que abrisse a porta da Outra Vida. Assim, muitas pessoas carregavam esse amuleto por todas suas vidas, para que também ressuscitassem. Curiosamente, a palavra Ankh (ou Anx) também quer dizer espelho, e muitos Ankh antigos eram feitos com uma face espelhada, para que as pessoas pudessem contemplar seu Pós-Vida, como uma outra face de sua realidade.

O próprio formato do Ankh já traz um maior entendimento do seu significado. Por exemplo, para que ocorra a ressurreição, é necessária a concepção da nova vida. O que é representado na União da parte Masculina (as três pontas do Ankh, trazendo a idéia do pênis) e a Feminina (o arco oval, trazendo a ideia do ventre). O masculino seria Osíris, Senhor dos Mortos, e marido de Ísis, Deusa da Fertilidade e Maternidade, a parte Feminina do Ankh. Ísis teve seu filho Hórus no delta do Rio Nilo, portanto há outra interpretação do Ankh que se complementa a essa, como vida e morte sendo representados pelo curso do Rio (o círculo oval) que é imutável, e perpétuo. Assim como o Ciclo da Vida. Hoje em dia, a estrutura do Ankh foi um pouco alterada, e serve mais como um símbolo feminino (você já deve ter o visto ser usado nesse propósito)... Mas todo esse entendimento ainda se faz presente.

Mitologia Egípcia é um assunto que arrepia as penas do Rouxinol, e em breve estarei me aprofundando muito no assunto, para compartilhar com vocês mais algumas dessas pérolas. Mas é claro, que todos já sabiam do Ankh e seus significados mais aprofundados. O simbolismo é evidente, e está sempre na cara das pessoas, o tempo todo. Toda a sociedade hoje, apesar de se achar tão avançada culturalmente, ainda é regida pelas mesmas regras da Antiguidade. Basta ver, observar, e não apenas olhar, para descobrir que "ainda somos os mesmos, e vivemos como nossos... ANCESTRAIS".

Farewell, pessoas. Até a próxima análise rouxinólica! ;-)

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